Hoje o assunto em destaque é sobre o mercado de jeansware. Confecção de jeans é um dos mais impressionantes mercados da indústria têxtil. Um tecido descoberto de forma rústica, utilizado para cobrir barracas, se transforma e vira a roupa mais universal já criada. Por isso, hoje vamos nos aventurar na história do denim e explorar algumas curiosidades. Vamos nessa?
Foi em 1792 aconteceu a primeira aparição, nesta época um tecido pouco maleável e de tons de marrom, chamado de tecido de nimes, pois surgiu na cidade de Nimes na França, isso mudou rápido para denim. Por meados de 1837, em São Francisco Califórnia, época chamada Corrida do Ouro, pois economia transbordava pepitas de ouros, aumentando a população para 78 mil habitantes, na cidade há ouro, mas falta todo o restante! Levi Strauss um alemão, visionário, trabalhava como camelô, levava em sua carroça uma diversidade de mercadorias trazidas do Oeste, inclusive um tecido muito resistente que chamou sua atenção, com intenção de cobrir barracas. Um mineiro com os bolsos cheios de pepitas, se aproxima de sua carroça a procura de calças para trabalhar, queixando-se da falta de durabilidade de todas que já havia encontrado. Levi Strauss, não se abala, coloca o tecido destinado as barracas embaixo dos braços e vai com o mineiro a um alfaiate. Tão logo Levis Strauss adaptou o tecido, transformando-o em uma nova versão mais confortável, leve e ainda assim durável. Com tingimento feito com índigo, uma tinta vegetal azul. Somente 1860, nascia a primeira calça Levi’s, a 501. Ao expirar a patente, os concorrentes tomaram conta do mercado, e veio a popularização.

O boom absoluto veio com uso das peças por celebridades de Hollywood, Marlon Brando, James Dean que criou o look blue jeans. Não vamos esquecer de Marylin Monroe com todo seu glamour sensual. Em 1970, entram em cena as bocas de sino, com os hippies. Nos anos 80 as estrelas do rock levantam a bandeira denim, trazendo o jeans para o estilo high fashion. Dos anos 90 em diante o jeans vem se transformando com novidades ousadas, descoladas, versões mais clássicas.
Chega de história e curiosidades, vamos falar dos nossos polos de confecção de jeans. O jeans no Brasil é coisa séria, pois corresponde a 68% de todo vestuário fabricado no país, cerca de 280 milhões de metros do tecido por ano. Somos o segundo maior mercado do jeans do mundo, sendo o Brás em São Paulo responsável por mais de 55% (154 milhões de metros) desta porcentagem. As cinco mil confecções e lojas da região vendem 11 milhões de peças por mês entre calças jeans, shorts. bermudas, jaquetas, saias e vestidos. Nada menos do que 132 milhões de jeans por ano, em média. Toritama, localizada no agreste de Pernambuco, com a distância de 164 km de Recife, é a Capital do Jeans. Responsável por 16% da produção nacional girando em torno de seis milhões de peças nas latas temporadas, 60 milhões de peças confeccionadas por ano. Gera cerca de 25 mil empregos e beneficia os municípios vizinhos, como Caruaru, Surubim, Vertentes, Frei Miguelinho e Santa Maria do Cambucá.
Maringá, Londrina, Apucarana e Cia Norte, são cidades localizadas nas regiões norte e noroeste do Paraná, considerada um dos mais importantes polos têxtil do país, aonde o Jeans é o carro chefe, sendo responsável por 70% do faturamento. Estas cidades são conhecidas como o “corredor da moda”. É um dos mercado mais versáteis na confecção de roupas, existindo todo tipo de peça hoje em dia, fora que se vende do revolucionário 3 peças por R$ 100,00 até grandes grifes. São 135 anos de história e evolução.
Além da Levi’s, vou citar algumas marcas que se destacam mundialmente quando o assunto é jeans: colcci, diesel, calvin klein e lee.
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