Resumo da briga entre Shein e Temu

Estamos observando nos maiores portais de notícia a treta entre a Temu e Shein. Vamos trazer aqui um breve resumo sobre a briga das gigantes chinesas.

Shein e Temu, duas notáveis empresas do segmento de moda, têm protagonizado uma acirrada competição no mercado de ‘ultra fast-fashion’.

Conheça os personagens: Shein x Temu

A Shein, uma gigante do ecommerce de origem chinesa, ingressou nos Estados Unidos em 2017 e rapidamente conquistou mais de 75% desse mercado.

Conhecida plataforma de comércio eletrônico chinesa, especializada em moda de alta velocidade, que oferece uma ampla variedade de roupas e acessórios a preços competitivos.

Seu modelo de negócio eficiente e estratégias de marketing agressivas lhe conferiram uma presença global significativa.

Por sua vez, a Temu é uma empresa chinesa do mesmo setor, que decidiu expandir sua atuação para os Estados Unidos com o objetivo de competir diretamente com a Shein.

Ambas as empresas têm alcançado grande sucesso em suas operações, o que resultou em uma batalha acirrada por participação no mercado de ‘ultra fast-fashion’ nos EUA.

A briga

A Temu está processando sua concorrente direta, a Shein, nos Estados Unidos, sob a alegação de que ela estaria violando a lei antitruste do país.

De acordo com a Temu, a Shein estaria utilizando táticas de “ameaça, intimidação e coerção” junto aos fabricantes de roupas, a fim de impedi-los de trabalhar com a empresa concorrente, que ingressou recentemente no mercado dos EUA.

Nós da Costurando Sucesso tivemos acesso ao seu conteúdo completo do processo. A Temu afirma que, desde sua entrada no mercado americano em 2017, a Shein dominou mais de 75% do segmento de ‘ultra fast-fashion’.

Quando a Temu decidiu buscar uma fatia desse mercado em 2022, a Shein retaliou, obrigando os fabricantes locais a assinar contratos de fornecimento que excluíam a Temu.

O processo

O processo alega que a Shein adotou quatro estratégias para sufocar a concorrência, incluindo a aplicação de multas e penalidades aos fornecedores que trabalham com a Temu, bem como exigir que eles assinassem “juramentos de lealdade”.

Em maio, a Shein teria solicitado que os 8.338 fabricantes que fornecem ou vendem produtos em sua plataforma fechassem acordos de exclusividade, impedindo-os de vender para a Temu.

Estes fabricantes representam de 70% a 80% de todos os fornecedores capazes de atender ao mercado de ‘ultra fast-fashion’.O documento protocolado na Justiça dos EUA também destaca que a Shein está ciente da dependência dos fabricantes em relação ao seu volume de vendas e acesso ao mercado americano, e utiliza esse poder para coagi-los a firmar acordos que os impedem de fazer negócios com a Temu.

Essa disputa jurídica parece ser uma resposta da Temu a um processo movido pela Shein anteriormente, no qual acusava a empresa rival de violação de marcas registradas, direitos autorais e práticas comerciais falsas e enganosas.

A batalha legal entre a Temu e a Shein reflete o acirramento da competição entre essas duas gigantes do setor de moda ‘ultra fast-fashion’.

O que podemos aprender com a briga da Temu e Shein?

Eu Eduardo Cristian analisando a briga como especialista do setor de confecção, compreendo perfeitamente que a Temu esteja buscando proteger seus interesses comerciais e garantir uma concorrência justa no mercado americano de ‘ultra fast-fashion’.

Recentemente os executivos da Temu visitaram o Brasil para coletar dados sobre o mercado de e-commerce e o comportamento do consumidor local. O interesse dos chineses recai especialmente sobre o potencial de crescimento das compras online e a forma como a concorrência se estabeleceu no país.

A expectativa é de que, até o final deste ano, a Temu dê um importante passo ao estabelecer sua presença no Brasil, ampliando a competição com outras empresas chinesas como Shein, Shopee, Aliexpress e também com a gigante Amazon.

Aliás você sabia que o significado do nome “Temu” é “Team Up, Price Down” (algo como “unidos, preços baixos”), refletindo a abreviação do lema da empresa.

O Brasil, como um dos mercados emergentes mais promissores, tem despertado o interesse de empresas internacionais de e-commerce em busca de oportunidades de expansão.

A presença dos executivos da Temu indica o reconhecimento do país como um mercado estratégico para o crescimento do comércio eletrônico.

Temu e Shein no Brasil, como fica?

É importante que as empresas sigam as leis antitruste para garantir que a competição seja saudável e beneficie tanto os consumidores quanto os fabricantes.

No entanto, é essencial também considerar o impacto desse tipo de disputa no cenário da moda global. A competição acirrada pode levar as empresas a adotarem estratégias agressivas, o que, por vezes, pode prejudicar os próprios fabricantes que desempenham um papel crucial na cadeia de abastecimento.

É fundamental encontrar um equilíbrio entre a busca por uma concorrência justa e a garantia de condições adequadas para os fornecedores e fabricantes.

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